domingo, 26 de fevereiro de 2012


Les Voyageurs



Obra do escultor francês BRUNO CATALANO. Esta, é mais uma da coleção "Les Voyageurs", que já percorreu vários lugares do mundo, mas normalmente pode ser vista na Galerie de Medicis, Place des Vosges, Paris.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

trilogia perigosa


Não faça promessas
quando você estiver feliz...

Não discuta
quando você estiver com raiva...

E não tome decisões
quando você estiver triste...
 

(De algum rincão da internet...)

loveaholic


amar
amar
amar
   
não necessariamente
nesta desordem
 
 
RAUL POUGH

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Arrependimentos


Veja os cinco maiores arrependimentos daqueles que estão para morrer :
   
Uma enfermeira australiana que aconselhou muitas pessoas em seus últimos dias de vida escreveu um livro com os cinco arrependimentos mais comuns das pessoas antes de morrer.
 
Bronnie Ware é um enfermeira que passou muitos anos trabalhando com cuidados paliativos, cuidando de pacientes em seus últimos três meses de vida. Ela conta que os pacientes ganharam uma clareza de pensamento incrível no fim de suas vidas e que podemos aprender muito desta sabedoria.
 
"Quando questionados sobre desejos e arrependimentos, alguns temas comuns surgiam repetidamente", disse Bronnie ao jornal britânico "The Guardian".
 
Confira a lista e os comentários da enfermeira:
  
1. Eu gostaria de ter tido a coragem de viver a vida que eu quisesse, não a vida que os outros esperavam que eu vivesse
  
"Esse foi o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem que a vida delas está quase no fim e olham para trás, é fácil ver quantos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não realizou nem metade dos seus sonhos e têm de morrer sabendo que isso aconteceu por causa de decisões que tomaram, ou não tomaram. A saúde traz uma liberdade que poucos conseguem perceber, até que eles não a têm mais."
  
 
2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto

"Eu ouvi isso de todo paciente masculino que eu trabalhei. Eles sentiam falta de ter vivido mais a juventude dos filhos e a companhia de seus parceiros. As mulheres também falaram desse arrependimento, mas como a maioria era de uma geração mais antiga, muitas não tiveram uma carreira. Todos os homens com quem eu conversei se arrependeram de passar tanto tempo de suas vidas no ambiente de trabalho."
   
 
3. Eu queria ter tido a coragem de expressar meus sentimentos

"Muitas pessoas suprimiram seus sentimentos para ficar em paz com os outros. Como resultado, eles se acomodaram em uma existência medíocre e nunca se tornaram quem eles realmente eram capazes de ser. Muitos desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ressentimentos que eles carregavam."
  
 
4. Eu gostaria de ter ficado em contato com os meus amigos

"Frequentemente eles não percebiam as vantagens de ter velhos amigos até eles chegarem em suas últimas semanas de vida e não era sempre possível rastrear essas pessoas. Muitos ficaram tão envolvidos em suas próprias vidas que eles deixaram amizades de ouro se perderem ao longo dos anos. Tiveram muito arrependimentos profundos sobre não ter dedicado tempo e esforço às amizades. Todo mundo sente falta dos amigos quando está morrendo."
  
 
5. Eu gostaria de ter me permitido ser mais feliz
 
"Esse é um arrependimento surpreendentemente comum. Muitos só percebem isso no fim da vida, que a felicidade é uma escolha. As pessoas ficam presas em antigos hábitos e padrões. O famoso 'conforto' com as coisas que são familiares. O medo da mudança fez com que eles fingissem para os outros e para si mesmos que eles estavam contentes quando, no fundo, eles ansiavam por rir de verdade e aproveitar as coisas bobas em suas vidas de novo."
  
 
do site Folha de São Paulo, de 09/02/2012

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

se eu soubesse o que sei agora


O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua:
- Sr. Bilac, estou  precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Poderá redigir o  anúncio para o jornal?
Olavo Bilac apanhou o papel e escreveu:

"Vende-se  encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso  arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeiro. A casa  banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda".

Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se  havia vendido o sítio.
- Nem pense mais  nisso, disse o homem. Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que  tinha.

Moral da  história: As vezes não descobrimos as coisas boas que temos conosco  e vamos longe atrás da miragem de falsos tesouros.

(*) Este texto é largamente difundido pela internet e cada um acrescenta o que quiser no final, com mensagens de toda ordem.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

vacilão


era uma vez
um ratinho de bosta
que escondeu-se
no bico esquerdo da bota
do gato de botas
   
estrebuchou-se...
overdose de patchouli
no aroma do talco granado
    
gatos curiosos e ratos incautos
costumam ter mortes trágicas
    
desta vez
dançou o nojentinho...
  
 
RAUL POUGH

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

amor à primeira vista


Ambos estão convencidos
que os uniu uma paixão súbita.
É bela esta certeza,
mas a incerteza é mais bela ainda.

Julgam que por não se terem encontrado antes,
nada entre eles nunca ainda se passara.
E que diriam as ruas, as escadas, os corredores
onde se podem há muito ter cruzado?

Gostaria de lhes perguntar
se não se lembram —
talvez nas portas giratórias,
um dia, face a face?
algum “desculpe” num grande aperto de gente?
uma voz de que “é engano” ao telefone?
— mas sei o que respondem.
Não, não se lembram.

Muito os admiraria
saber que desde há muito
se divertia com eles o acaso.

Ainda não completamente preparado
para se transformar em destino para eles,
aproximou-os e afastou-os,
barrou-lhes o caminho
e, abafando as gargalhadas,
lá seguiu saltando ao lado deles.

Houve marcas, sinais,
que importa se ilegíveis.

Haverá talvez três anos
ou terça-feira passada,
certa folhinha esvoaçante
de um braço a outro braço.
Algo que se perdeu e encontrou?
Quem sabe se já uma bola
nos silvados da infância?

Punhos de poeta e campainhas
onde a seu tempo o toque
de uma mão tocou o outro toque.
As malas lado a lado no depósito.
Talvez acaso até um mesmo sonho
que logo o acordar desvaneceu.

Porque cada início
é só continuação,
e o livro das ocorrências
está sempre aberto ao meio.
 
 
WISLAWA SZYMBORSKA

Tradução: Júlio Sousa Gomes