quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Sem bala na agulha


leucêmica inspiração
agoniza num canto vazio da alma...
respira por aparelhos

cruel prenúncio de fim,
versos chegam sem vida ao papel...
cemitério de palavras

poeta em febril angústia
rascunha o prefácio do féretro...
sabor da própria morte


RAUL POUGH

Um comentário:

rodrigo madeira disse...

puta, raul! isso é ótimo!

adorei estas bandas do pó e teias!

abç,
madeira.