Abro aspas para o silêncio que nasceu de nós
Aninhou-se em minha boca
semente de sonho no ventre seco da inércia
A verdade é só minha
embora os espelhos exijam retratação
e os estilhaços me singrem
expondo meu espólio
de cicatrizes invisíveis
Na lista de meus crimes deve constar
que matei a saudade
afogada
numa poça de ódio.
IRIENE BORGES
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