quinta-feira, 26 de abril de 2007

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Sobre a crônica, por Ivan Angelo


Texto publicado na VEJA SP, de 25/04/2007, onde Ivan Angelo escreve quinzenalmente.

Uma leitora se refere aos textos aqui publicados como "reportagens". Um leitor os chama de "artigos". Um estudante fala deles como "contos". Há os que dizem: "seus comentários".
Outros os chamam de "críticas". Para alguns, é "sua coluna".
Estão errados? Tecnicamente, sim – são crônicas –, mas... Fernando Sabino, vacilando diante do campo aberto, escreveu que "crônica é tudo que o autor chama de crônica".
A dificuldade é que a crônica não é um formato, como o soneto, e muitos duvidam que seja um gênero literário, como o conto, a poesia lírica ou as meditações à maneira de Pascal. Leitores, indiferentes ao nome da rosa, dão à crônica prestígio, permanência e força. Mas vem cá: é literatura ou é jornalismo? Se o objetivo do autor é fazer literatura e ele sabe fazer...
Há crônicas que são dissertações, como em Machado de Assis; outras são poemas em prosa, como em Paulo Mendes Campos; outras são pequenos contos, como em Nelson Rodrigues; ou casos, como os de Fernando Sabino; outras são evocações, como em Drummond e Rubem Braga; ou memórias e reflexões, como em tantos. A crônica tem a mobilidade de aparências e de discursos que a poesia tem – e facilidades que a melhor poesia não se permite.
Está em toda a imprensa brasileira, de 150 anos para cá. O professor Antonio Candido observa: "Até se poderia dizer que sob vários aspectos é um gênero brasileiro, pela naturalidade com que se aclimatou aqui e pela originalidade com que aqui se desenvolveu".
Alexandre Eulálio, um sábio, explicou essa origem estrangeira: "É nosso familiar essay, possui tradição de primeira ordem, cultivada desde o amanhecer do periodismo nacional pelos maiores poetas e prosistas da época". Veio, pois, de um tipo de texto comum na imprensa inglesa do século XIX, afável, pessoal, sem cerimônia e no entanto pertinente.
Por que deu certo no Brasil? Mistérios do leitor. Talvez por ser a obra curta e o clima, quente.
A crônica é frágil e íntima, uma relação pessoal. Como se fosse escrita para um leitor, como se só com ele o narrador pudesse se expor tanto. Conversam sobre o momento, cúmplices: nós vimos isto, não é leitor?, vivemos isto, não é?, sentimos isto, não é? O narrador da crônica procura sensibilidades irmãs.
Se é tão antiga e íntima, por que muitos leitores não aprenderam a chamá-la pelo nome? É que ela tem muitas máscaras. Recorro a Eça de Queirós, mestre do estilo antigo. Ela "não tem a voz grossa da política, nem a voz indolente do poeta, nem a voz doutoral do crítico; tem uma pequena voz serena, leve e clara, com que conta aos seus amigos tudo o que andou ouvindo, perguntando, esmiuçando".
A crônica mudou, tudo muda. Como a própria sociedade que ela observa com olhos atentos. Não é preciso comparar grandezas, botar Rubem Braga diante de Machado de Assis. É mais exato apreciá-la desdobrando-se no tempo, como fez Antonio Candido em "A vida ao rés-do-chão": "Creio que a fórmula moderna, na qual entram um fato miúdo e um toque humorístico, com o seu quantum satis de poesia, representa o amadurecimento e o encontro mais puro da crônica consigo mesma". Ainda ele: "Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas".
Elementos que não funcionam na crônica: grandiloqüência, sectarismo, enrolação, arrogância, prolixidade. Elementos que funcionam: humor, intimidade, lirismo, surpresa, estilo, elegância, solidariedade.
Cronista mesmo não "se acha". As crônicas de Rubem Braga foram vistas pelo sagaz professor Davi Arrigucci como "forma complexa e única de uma relação do Eu com o mundo". Muito bem. Mas Rubem Braga não se achava o tal. Respondeu assim a um jornalista que lhe havia perguntado o que é crônica:
– Se não é aguda, é crônica.

segunda-feira, 23 de abril de 2007


Sábado 28 Abril: Propriamente Dita 2007 no TUC

Um triálogo musical, cênico e poético!!!

Declamações poéticas, performances teatrais e musicais,
com artistas locais e convidados.

Prestigie!!!

Quando: Sábado, 28 de Abril , 20:30 horas
Onde: TUC - Teatro Universitário de Curitiba
(Galeria Júlio Moreira, Largo da Ordem)
Quanto: R$ 3,00

Ensaio sobre a exatidão


Mais ou menos em ponto


Condenado a ser exato,
quem dera poder ser vago,
fogo fátuo sobre um lago,
ludibriando igualmente
quem voa, quem nada, quem mente,
mosquito, sapo, serpente.

Condenado a ser exato
por um tempo escasso,
um tempo sem tempo
como se fosse o espaço,
exato me surpreendo,
losango, metro, compasso,
o que não quero, querendo.


PAULO LEMINSKI

do livro "La vie en close"

Terça 24 Abril: poesia falada, mostrada e cantada no Porão Loquax

Com Juliano Grus, apresentando os poemas de seu primeiro livro "Falando com a Lua"; apresentação do vídeo "De poemas sobre a mesa", do cineasta JM (o vídeo faz um panorama do que é produzido atualmente pelos poetas de Curitiba) e mais uma apresentação acústica do músico Santinho da Silva (Zirigdum Pfóin), no pré-lançamento do seu projeto " INVERSO, música na poesia". (by Porão Loquax)

Quando: Terça-feira, 24 de Abril, 22:30 horas
Onde: Wonka Bar - Rua Trajano Reis, 326 (3026-6272 / 9142-0810)
Quanto: R$ 1,99

sexta-feira, 20 de abril de 2007

De poeta e de louco...


Tô saindo. Vou à psiquiatra. Vida de poeta é o que há...
Conto uns troços pra ela, saio mais clean e agüento mais uns dias.
É mais ou menos como uma limpeza de giclê.
(lembra carburador de fusca?)
Pois é... mas ainda tenho que cortar a barba. Fui!

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Quando os deuses erram

O jornal Folha de S. Paulo, de 15/4/2007, publicou no caderno Ilustrada, um conto do grande poeta e mestre Ferreira Gullar, intitulado "Cartas Anônimas", do qual extraí um pedacinho, abaixo reproduzido:

"Foi assim que, com espanto, (Deodato) leu a carta que encontrou, sob a porta da rua, endereçada a ele. Uma carta anônima que, com letras recortadas de jornal, dizia o seguinte: "Sua mulher o está traindo". Dobrou o envelope e meteu-o no bolso, sem saber o que pensar. À mesa do café, Geninha percebeu alguma coisa estranha nele e perguntou se havia acontecido alguma coisa. Ele respondeu que não, não havia acontecido nada e, mal terminou o café, saiu para a rua."

Vejam só o vacilo, a pisada de bola do mestre: a expressão alguma coisa aparece duas vezes numa mesma frase, tornando o texto, no mínimo, deselegante.

Veja como a frase ficaria, assim escrita: "À mesa do café, Geninha percebeu algo estranho nele e perguntou se havia acontecido alguma coisa". Minimamente elegante, não é?

Isto, sem aprofundar a análise acerca da presença também suspeita e de elegância duvidosa, da palavra café, que aparece numa frase e, teimosamente, reaparece na seguinte.

Fica, então, a pergunta: um gênio, um mestre, tem o direito de errar? Tem o direito de decepcionar?

Lembro de um fato ocorrido comigo em 1964. Contava, então, com 13 anos de idade e morava em Brotas, interior de São Paulo. Num domingo ensolarado, meu pai me levou a Araraquara, para assistir a uma partida de futebol entre a Ferroviária local e o famoso Santos, com seus inúmeros astros, Pelé o mais brilhante deles. Papai desejava, certamente, presentear-me com a venturosa chance de ver um gênio da bola, talvez o maior, em ação.

Pois bem, o confronto no Estádio da Fonte Luminosa terminou com o placar de 0x0 e eu vi, com estes olhos que o serviço de transplantes há de comer, o genial Pelé, displicentemente, chutar um pênalti pra fora. É claro que voltei para casa decepcionado. Nem o glorioso craque me encantou, nem o time santista me empolgou. Tanto é, que meses depois tornei-me corinthiano e elegi meu primeiro ídolo, o atacante Flávio.

Fica, de novo, a pergunta: um gênio, um mestre, tem o direito de errar? Tem o direito de decepcionar?

Fico a imaginar-me mostrando este conto à minha filha e ouvi-la dizer: mas, pai, não é este o grande Ferreira Gullar, premiadíssimo, indicado até para o Prêmio Nobel? Ele comete uns errinhos tão bobos, não é? E vê-la, meses depois, ardorosa fã de Paulo Leminski.

A falha de mestre Gullar equivale, no futebol, a errar um passe ou a perder um pênalti? Alguém dirá que, sob certas circunstâncias, errar um passe pode ser até mais grave do que perder um pênalti. Outrem insistirá contrariamente. O que importa é que, circunstâncias essas poderão definir, para a vida toda, a monstruosa diferença entre tornar-se um santista convicto ou um corinthiano apaixonado.


RAUL POUGH

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Latidos na Fundação Cultural de Curitiba

Tá um saco frequentar o site da FCC:
Colocaram como fundo sonoro um cachorro latindo.
Brincadeira de mau gosto!

Cartão Vermelho.

Terça 17 Abril: Mário Henrique Domingues no Porão Loquax


“Lendo poemas de seu livro Paisagem Transitória (Ed. Cincida do Acidente, 2001), poemas inéditos e traduções de E. E. Cummings, Catulo, Lucrécio e Virgílio.
Mário H. Domingues é poeta, tradutor e professor, venceu o 1° Concurso Nacional de Clipoemas em 2001 e 2° lugar no Concurso Nacional de Poesia Helena Kolody”. (by Porão Loquax)

Quando: Terça-feira, 17 de Abril, 22:30 horas
Onde: Wonka Bar - Rua Trajano Reis, 326 (3026-6272 / 9142-0810)
Quanto: R$ 1,99

domingo, 15 de abril de 2007

18 de abril: Michel Laub no Paiol Literário


Na próxima quarta-feira, dia 18 de abril, o escritor e jornalista Michel Laub participa da segunda edição do Paiol Literário em 2007. Realizado devido a uma parceria entre o jornal literário Rascunho, a Fundação Cultural de Curitiba e o Sesi Paraná, o projeto já trouxe a Curitiba, este ano, a escritora Ana Maria Machado. Até dezembro, estão previstos mais oito encontros mensais. Michel Laub substituirá a escritora Nélida Piñon, que havia confirmado sua presença no Paiol Literário de abril, mas que recentemente cancelou sua vinda. É a segunda vez que Nélida cancela a sua participação no evento. A primeira, em dezembro de 2006, deveu-se à crise nos aeroportos brasileiros.

Michel Laub nasceu em Porto Alegre, em 1973. Escritor e jornalista, foi diretor de redação da revista Bravo!. Hoje é coordenador da área de publicações e cursos do Instituto Moreira Salles, além de colaborar com veículos como Folha de S. Paulo e Entrelivros. Publicou três romances, todos pela Companhia das Letras: Música Anterior (2001, prêmio Erico Verissimo/Revelação da União Brasileira dos Escritores), Longe da Água (2004, finalista dos prêmios Zaffari/Bourbon e Portugal Telecom) e O Segundo Tempo (2006). Em 2005, recebeu a Bolsa Vitae de artes. É professor de criação literária na Academia Internacional de Cinema de São Paulo. Todas as edições do Paiol Literário são mediadas pelo escritor e jornalista José Castello.

Horário: 20 horas
Local: Teatro do Paiol (Praça Guido Viaro) = 225 lugares
Entrada: franca
Fone: 3213-1340

Fonte: Imprensa

A poesia mínima que vem de Toledo


cada dia
na retina
a rotina


BLEHHH

. . . . . . .

amor

palpite
do coração
palpitante


WOLF

BLEHHH e WOLF, dois jovens poetas radicados em Toledo-PR

quinta-feira, 12 de abril de 2007

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Para matar um grande amor (Jamil Snege)


Muito se louvou a arte do encontro, mas poucos louvaram a arte do adeus. No entanto, não há gesto tão profundamente humano quanto uma despedida. É aquele momento em que renunciamos não apenas à pessoa amada, mas a nós mesmos, ao mundo, ao universo inteiro. O amor relativiza; a renúncia absolutiza. E não há sentimento mais absoluto do que a solidão em que somos lançados após o derradeiro abraço, o último e desesperado entrelaçar de mãos. Arrisco mesmo a dizer: só os amores verdadeiros se acabam. Os que sobrevivem, incrustados no hábito de se amar, podem durar uma vida inteira e podem até ser chamados de amor mas nunca foram ou serão um amor verdadeiro. Falta-lhes exatamente o dom da finitude, abrupta e intempestiva. Qualidade só encontrável nos amores que infundem medo e temor de destruição. Não se vive o amor; sofre-se o amor. Sofre-se a ansiedade de não poder retê-lo, porque nossas cordas afetivas são muito frágeis para mantê-lo retido e domesticado como um animal de estimação. Ele é xucro e bravio e nos despedaça a cada embate e por fim se extingue e nos extingue com ele. Aponta numa única direção: o rompimento. Pois só conseguiremos suportá-lo se ocultarmos de nossos sentidos o objeto dessa desvairada paixão.
Mas não se pense que esse é um gesto de covardia. O grande amor exige isso. O rompimento é sua parte complementar. Uma maneira astuciosa de suspender a tragédia, ditada pelo instinto de sobrevivência de cada um dos amantes. Morrer um pouco para se continuar vivendo. E poder usufruir daquele momento mágico, embebido de ternura, em que a voz falseia, as mãos se abandonam e cada qual vê o outro se afastar como se através de uma cortina líquida ou de um vitral embaçado.
Há todo um imaginário sobre os adeuses e as separações, construído pela literatura e pelo cinema. O cenário pode ser uma estação de trem, um aeroporto (remember Casablanca), um entroncamento rodoviário. Pode ser uma praça ou uma praia deserta. Falésias ou ruínas de uma cidade perdida. Pode estar garoando ou nevando, mas vento é imprescindível. As nuvens devem revolutear no horizonte, como a sugerir a volubilidade do destino. Os cabelos da amada, longos e escuros, fustigam de leve seus lábios entreabertos. Há sutis crispações, um discreto arfar de seios. E os olhos, ah!, os olhos... A visão é o último e o mais frágil dos sentidos que ainda nos une ao que acabamos de perder.
Uma grande dor, uma solidão cósmica, um imenso sentimento de desterro. Que se curam algum tempo depois com um amor vulgar, desses feitos para durar uma vida inteira...

Jamil Snege (1939-2003), escritor curitibano, um cara fantástico, de sensibilidade e percepção quase divinas. O texto acima é uma das coisas mais lindas que já li.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Haikuritibanos


boca maldita;
a moça de cachecol
retoca o batom


bar no calçadão
turista sem entender;
vina no cardápio


velha botina;
no calor do abandono
aranha-marrom


RAUL POUGH

quarta-feira, 4 de abril de 2007

A sabedoria de Pedro de Lara


há gente
tão pobre, tão pobre
que até dinheiro tem


RAUL POUGH

é, aquele mesmo, da TV, com cara de cristo emputecido...

terça-feira, 3 de abril de 2007

Obsessão

hoje

só quis
pensar em você

só fiz
pensar em você

só bis
pensar em você
pensar em você


RAUL POUGH

do livro "Síndrome de Hipotenusa"

Quarta 04 Abril: Roda de Leitura discute Catatau

"A Casa da Leitura, espaço de literatura da Fundação Cultural de Curitiba, localizada no Parque Barigüi, promove na próxima quarta-feira (04), das 15h às 16h30, mais uma Roda de Leitura. A discussão sobre a obra “Catatau”, de Paulo Leminski, será conduzida por Sandra Novaes, mestre em Lingüística, doutora em História e professora de Literatura da Universidade Federal do Paraná. A Roda de Leitura é um dos programas desenvolvidos pela Casa da Leitura, inaugurada no ano passado com o patrocínio da Cimentos Itambé. A proposta do espaço é funcionar como um centro de estudos e pesquisas voltado à leitura, não só do ponto de vista da promoção do hábito de ler como das discussões teóricas sobre os mecanismos e as formas de incentivo. O livro “Catatau”, de Paulo Leminski (1944-1989), é considerado um marco na literatura brasileira. O romance levou oito anos para ficar pronto e foi publicado em 1975. A obra mereceu o reconhecimento da crítica, foi cultuada por alguns, mas foi classificada na época como hermética, em função da linguagem experimental adotada por Leminski. O livro teve três edições, sendo que a terceira foi lançada pela Travessa dos Editores em 2004, com o apoio da Fundação Cultural de Curitiba. Na Roda de Leitura, Sandra Novaes abordará o trecho inicial do livro, em que o autor parte da hipótese de uma vinda de René Descartes ao Brasil durante as invasões holandesas no século 17. A partir dessa suposição, Leminski apresenta o personagem Renatus Cartesius numa imaginária Recife, com a tarefa de entender a realidade tupiniquim do ponto de vista do racionalismo cartesiano. Este ano, a programação da Roda de Leitura abriu com o estudo sobre a obra de Osman Lins, tendo como convidada a escritora Assionara Medeiros de Souza. No mês passado, o escritor Mário Domingues falou sobre a poesia de Osvald de Andrade. Ainda neste semestre estão programadas leituras sobre as obras de Guimarães Rosa, Dalton Trevisan, Dostoievski, Marina Colasanti, Machado de Assis e Shakespeare". (by FCC)

A programação até Junho é a seguinte:
19 de abril – “O homem Fáustico”. Mito de Fausto em Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa. Convidado: Fani Schiffer Durães
02 de maio – “Lamentações de Curitiba”, de Dalton Trevisan. Convidado: João Acuio
17 de maio – “Crime e Castigo”, de Dostoievski. Convidado: Erol Anar
30 de maio – “Com sua voz de mulher”, conto de Marina Colasanti. Convidado: Glória Kirinus
14 de junho – “O espelho”, conto de Machado de Assis. Convidado: Arisangeli Paiva
27 de junho – “Júlio César”, de Shakespeare. Convidado: Beto Lanza

Terça 03 Abril: Ezra Pound no Porão Loquax

"Desde março de 2006, um grupo de pessoas interessadas em poesia, entre poetas, tradutores, músicos, artistas de um modo geral, reune-se regularmente uma vez por semana para ler e discutir os célebres The Cantos, do poeta norte-americano Ezra Pound. Passado um ano, concluída a leitura dos 30 primeiros Cantos (A Draft of XXX Cantos), o grupo resolveu comemorar tal cometimento com uma leitura pública, com Bárbara Kierchner, Keila Kern, Ana Madureira, Ieda Godoy, Octavio Camargo, Rodolfo Jaruga, Paulo Bearzoti e Marcelo Sandmann. Venha ser apresentado a um texto exigente e provocativo de um poeta radical, polêmico e incontornável como Pound". (by Porão Loquax)

Quando: Terça-feira, 03 de Abril, 22:30 horas
Onde: Wonka Bar - Rua Trajano Reis, 326 (3026-6272 / 9142-0810)
Quanto: R$ 1,99

Abjuração

diabo
a quatro noves fora
deus


RAUL POUGH

do livro "Síndrome de Hipotenusa"