sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009


universopodolatra.blogspot.com

Pequeno dialeto podólatra


Como toda tribo, a podolatria também tem seu dialeto e os termos quase em sua totalidade estão em inglês, apesar de hoje em dia muitos deles tenham sido aculturados por aqui.

Barefeet - Pés descalços. Se alguns amam ver pés desfilando em botas, sandálias, scarpins ou tamancos, outros só se excitam vendo os pés descalços.

Crush - Prática em que o podólatra gosta de ver uma mulher esmagando frutas, comidas, objetos, (em alguns casos, superquestionados) animais ou mesmo partes do seu corpo.

Dangling - É aquela balançadinha de sapato que a mulher fica displicentemente fazendo, às vezes sem perceber, com as pernas cruzadas, meio que batendo eventualmente o solado na sola ou calcanhar.

Footjob - Imagine uma punheta com os pés… Imaginou? É mais ou menos isso. Como se as solas fossem mãos, os pés fazem o serviço.

Smell feet - Chulé! Ainda que pareça impossível, tem quem ame um cheiro de meias usadas ou pé bem fedido.

Trample - Para podólatras que curtem ser pisoteados, servir de tapete ou base de salto para suas amadas. Alguns, chegam a suportar dez vezes o seu peso.

Worship - Para aqueles que curtem ficar em adoração aos pés da amada, só beijando, lambendo, mordendo, degustando…

www.avidasecreta.com

Muito abismo pra pouca asa: e agora Hegel?


I

não sei (mais) o que é melhor

quanto mais envelheço,
tudo mais relativo fica...

II

já abri mão
de uma morte morna

daquelas feitas pra durar
uma vida inteira

III

e já senti
o abraço arrebatador
de mortes que me valeram
a vida eterna

IV

e la nave va...

sem tese
perdi a (antí)tese

no escuro da noite
sem dia(lética)
sobrou-me uma síntese sintética
na fórmula de um lexotan

V

morte da vida eterna,
reapareça!

traga uma garrafa de vinho:
balaco(baco) amalfitano

(e) ne me quitte pas!
(pelo menos por uns tempos)

VI

enquanto isso,
vou namorando a mim mesma...

me absolutizando, me estilhaçando


ANA VALÉRIA SESSA / RAUL POUGH

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009


IRIENE BORGES: supergata, poeta, maravilhosa com um grafite na mão, produzindo traços de primeira...
Seus versos denunciam o que lhe vai na alma: mas deixam um aroma de chocolate no ar. Brindou-me com sua visita. Trouxe juntos o Mário Auvim e a Nayane (uma doçura... tive vontade de paquerar seus pés desnudos enfiados em sandálias de salto, mas com o Mário ao lado, fiquei na minha). Gente comportada: beberam suco e refri, elogiaram o amendoim. Iriene ficou de retornar amanhã, trazendo-me um pedaço de torta de maçã, em troca do meu "Síndrome de Hipotenusa" que escondeu-se autografado dentro da sua bolsa. Dotes quituteiros: a conferir. Valeu, gente! (Re)Apareçam!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009


Ignácio Dotto Neto. Conheci a fera numa oficina de haikais na BPP. É homem das Letras. Craque em vários idiomas. Em outros tempos, cavaleiro da távola redonda. A tarde/noite chuvosas desta segunda-feira estiveram perfeitas para leros e (in)confidências, regados a skóis e iracemas. Levou dois livros da minha estante e autografei pra ele o meu "Síndrome de Hipotenusa". De partida para um voo experimental, estará ausente de Curitiba até outubro. God bless you, my friend!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

by Tarantino


Sequelas


ela se foi;
foi-se o que era doce...

foi-se o sono
foi-se a paz
foi-se o futuro

restou
esta briga de foi-se
no escuro


RAUL POUGH


▪ ▪ ▪


já que foi, foi-se!
foice nela!

a última recaída
foi sequela
da decaída boda

que se foda!


LUIZ ROBERTO BODSTEIN

Ensaio sobre a cegueira II


em horta de cego
quem tem um (rep)olho
é rei


RAUL POUGH

.


O dano na idéia tornou-se dono dos atos
explodindo a cada salto, o horizonte da paz.

Para pacificar a alma, cortaram-lhe as asas,
antes voava contra o sol,
cego de liberdade e escravo dos instintos,
agora
tanto faz;
jaz.


WILSON NOGUEIRA

Encontrários


ele, impressionista
ela, meteorologista

mal se conheceram
pintou um clima


RAUL POUGH

Síndrome de Hipotenusa



Trata-se de um livreto de 20 páginas com 105 textos de cunho minimalista, editado no final de 2008.
A concepção gráfica também é assinada por este poeta. A quem se interessar, dirigir pedido para raulpough@gmail.com