status quotidianus, desvairamentos específicos, alucinações genéricas, poesia textual, imagética, minimalismo, alka-seltzer y otras cositas más...
terça-feira, 27 de março de 2012
presente
Quando nasce uma estrela
o coração nos diz
que as luzes virão, sempre
Quando nasce a saudade
a voz que fala é a do vazio que se instala
feito trilhos e dormentes à espera do trem
e na estação deserta
olhando estrelas que vêm e vão
está o homem, debruçado em sua solidão
não haverá trens
não haverá ninguém ou nada
apito, fumaça ou gentes
só o céu inatingível
se a saudade, feito estrela arrivista,
umedecer de brilhos sua vista
Saudade e estrela são sonhos cadentes
que deixam rastros parecidos
reluzentes e fugidios
só que uma se repete
enquanto a outra evanesce
A outra é a estrela ...
Quando nasce o Amor
dizemos ao coração
que a luz será perene
a luz que brilhará
nas trevas do caminho
e que trará o mundo às nossas mãos
mesmo que na saudade do que foi
na saudade do que é
na saudade do que será
na saudade ...
Em sua totalidade celeste
no espaço que veste a vontade
de nascer e morrer de paixão
o homem poderá estar sozinho
mas se houver uma única estrela
no éter, o poeta, não!
MAURO VERAS
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