Tenho sede de voz humana
Não desse zumbido patético
Nada me prende
Tenho fome de verbo
... De tempo e de caos
Como Nau de cais
Parte de minha matéria viva não chora
Não sangra, não singra
Só tange
Impuseram a mim o dever de ter fé
De ter sede, de ter fome
Esqueceram que sou Homem
Desses desejos de ter felicidade
Transformei-me em farol
O tempo, meu faroleiro.
Não desse zumbido patético
Nada me prende
Tenho fome de verbo
... De tempo e de caos
Como Nau de cais
Parte de minha matéria viva não chora
Não sangra, não singra
Só tange
Impuseram a mim o dever de ter fé
De ter sede, de ter fome
Esqueceram que sou Homem
Desses desejos de ter felicidade
Transformei-me em farol
O tempo, meu faroleiro.
ADAN COSTA
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