status quotidianus, desvairamentos específicos, alucinações genéricas, poesia textual, imagética, minimalismo, alka-seltzer y otras cositas más...
domingo, 28 de março de 2010
Somente... Amor!
Busco um amor que venha tão de mansinho que todas as estrelas olhem para ele e sejam coniventes ao acontecer.
Não precisa ser do tamanho do infinito, mas não reclamarei se for o próprio.
Não exijo que seja daqueles que a gente lê nos livros, que nos ensinam na infância ou que projetam como imortal, mas se tiver essas características também aceito – desde que seja mais que encenação.
Durante todo o dia quero existir nele e que ele exista em cada poro do meu corpo mesmo ausente. Tipo parasita e hospedeiro, cada qual a doar ao outro o necessário para a existência.
Amor desse que não enlouquece de ciúmes, pois sabem os amantes o que representam um para o outro e respeitam os sentimentos. Mas se acontecer em dado momento de pintar um ciúme que a gente saiba espantar, juntos, qualquer dúvida que queira estragar a beleza.
Que venha suave e incendeie a cama, a casa. Que deixe impregnado nas paredes o seu cheiro, a sua imagem, os seus risos, as suas lágrimas. Que apresente suas feridas, mas que nenhuma delas seja forte o suficiente para ferir e nos lançar ao canto solidão.
Que esse amor não deixe ninguém destruir nossas certezas porque a inveja os domina e não são capazes de compreender a força e a magia que envolve tudo o que é abençoado.
E quando a gente entrar na dança das almas e sorrir inocentes crianças, que o céu nos conceda caminhos juntos caso o regresso nos habite. Que a gente nunca, nunca esteja separado em mundo algum.
Se a matéria de um tiver tempo a menos que a do outro, que o que ficar acredite no próximo encontro e continue a amar o corpo ausente no silêncio do coração, nos labirintos da mente e na alma eterna.
Busco um amor que não seja ilusório, amor que preencha a vida de flores, de paixão, de sol e chuva. Amor que não precise exigir de mim coisa alguma, pois toda eu, serei dele, a realização plena de tudo o que anseio.
Amor só amor.
ELIANE ALCÂNTARA
bardoescritor.blogspot.com
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