sexta-feira, 8 de julho de 2011

o bêbado e o versilibrista


 I
  
 confuso
espichou o olhar etilizado
para aqueles versos cambaleantes
sem nada entender
 
onde a métrica?
onde a rima?
e o ritmo?
 
 
II
 
é o seguinte, amigo
não me leve a mal
(tenta explicar o bardo
com ar professoral:)
 
são versos livres, modernos
falam de quimeras, de deus
de céus e de infernos
de invernos e primaveras
 
onde rimar, não é tudo
o que importa é o conteúdo
 
 
III
 
ah! acho que entendi:
 
cantas porque o instante existe
e a tua vida está completa.
não és alegre nem triste:
és poeta.
 
poetar, basta um motivo
   
   
RAUL POUGH

Nenhum comentário: